Wednesday, November 28, 2007

Literatura de Expressão Alemã I

Senti que devia partilhar com os meus leitores um pouco do que se passa na minha aula de Literatura de Expressão Alemã. Sim, só o nome já assusta... Mas o pior não é isso... Sim, há pior! As aulas, uma vez que temos na turma duas alunas de Erasmus e mais duas que viveram na Alemanha e falam alemão melhor que sei lá o quê, são dadas metade em alemão metade em português... Pois... é tão divertido quando eles começam a falar e nós não percebemos nada...
E o número de alunos? Somos tantos... 6 raparigas! Sim, 6 pessoas... É uma aula tão animada... é de sair de lá com dores de barriga depois de tanto rir...
E os períodos e obras literárias analisadas? Um máximo! Tudo aquilo que se diz sobre os alemães é mentira! Pelo menos em relação a eles não gostarem de sexo. Ou são poemas da Idade Média onde se fala da virgindade de uma rainha, ou peças de teatro onde a protagonista é pura e inocente, e coitadinha tem todos os homens atrás dela porque ela suscita o desejo sexual, embora de forma indirecta e sem o desejar; ou então são as obras de Goethe: Poemas que contam a história de encontros de amantes, que ao amanhecer se têm de separar; poemas que utilizam a metáfora para descrever a perda da virgindade; ou então, a mulher que ao mesmo tempo é maternal e um objecto sexual.
Outro tema adorado pelos autores alemães é a morte. E a morte nunca é por causas naturais... Humm... Ou é homicídio ou suicídio...(wonder why?). Ou é o pai que mata a filha, por ela ser desejada por um príncipe que só a quer como seu objecto sexual; ou é o amor que passa a obsessão, e como a rapariga não o ama, ele resolve suicidar-se...
Agora imaginem o que é uma hora e meia a falar sobre isto, metade do tempo em alemão e a outra metade em português...

Saturday, November 10, 2007

De Amicitia

"Não obstante serem muitas e muito grandes as vantagens que a amizade contenha, a que sobressai entre todas é a que faz brilhar a nossos olhos a luz de uma boa esperança para o futuro e não permite o epírito de desalento nem a prostração. Pois o que contempla um amigo verdadeiro, vê nele como sua própria imagem.
Deste modo, pela amizade, os que estão ausentes tornam-se presentes; os pobres, ricos; os débeis, fortes e - o que é mais dificil ainda de afirmar - os mortos tornam-se vivos: tanta é a estima, a memória e a nostalgia dos amigos que os acompanha. Por conseguinte, a morte daqueles parece feliz, a vida destes é digna de elogios. Porque, se suprimirdes do mundo os vínculos do afecto, nenhuma casa, e nenhuma cidade poderá subsistir."

Cícero, in De Amicitia, VII, 23

Saturday, November 3, 2007

Mama Said - Metallica

:')