Ele há cenas....

Estar a trabalhar hoje em dia é quase um privilégio. Embora me queixe do muito trabalho que tenho, de como chego exausta ao final do dia e de como uma semana nunca mais acabava e já pareciam quase duas, sinto-me privilegiada.
Ainda mais porque onde trabalho tenho contacto com diferentes culturas, pessoas, línguas....
E tenho tido a oportunidade de aprender algumas coisas e participar de eventos (do lado de dentro) que antes nem sabia que existiam.

Posto isto, a minha chefe não chamou toda a gente para esse evento. Alguns ficaram magoados e até ressentidos com a minha chefe por causa disso. Ok, entendo e ponho-me na pele deles e juntando tudo, parece que eles são sempre os discriminados da coisa... Entendo e no seu lugar também ficava chateada.

Mas depois há o outro lado. Aquele de quem ninguém fala mas que também é importante. Uma das pessoas tem um filho, razão pela qual já teve de faltar ao trabalho e já entrou em conflito com a chefia. E conflitos com a chefia é coisa que não lhe falta. Portanto, está mais que queimada....
A segunda pessoa está sempre a dizer que quer sair a horas, ou se não for a horas o mais cedo possível porque mora longe e tem de apanhar transportes para não chegar tarde a casa. Isto chega aos ouvidos da chefia e a chefia precisa de gente com disponibilidade.
Outro, é um pouco agressivo e irónico já tendo sido alvo de algumas reclamações.
E a última, falta-lhe algum chá.

Eu não sou perfeita e longe disso. Também tenho os meus momentos, dá-me os 5 minutos e passo-me, stresso-me com clientes e tenho os meus dias de louca, mas no meio de tudo vou sorrindo (formação que me deram num emprego e nunca mais passou), vou engolindo sapos e vou tendo toda a disponibilidade do mundo.

São cenas que vão passando e que vamos aprendendo com os outros como lidar e ser nestas situações.