Sunday, August 31, 2008

Running Up That Hill

Como já vem sendo meu hábito ficam aqui as três versões de "Running Up That Hill".

Kate Bush


Placebo


Within Temptation

Saturday, August 30, 2008

We only live once






Staying-alive.org

Wednesday, August 20, 2008

Como esquecer alguém em 5 minutos ou mais um bocadinho

Andava eu a passear pela blogosfera e resolvi procurar um blog que me animasse. Ora bem, como na noite anterior tinha estado a ver o "Boa Noite Alvim", na Sic Radical, resolvi procurar o blog do Alvim... Procurei e encontrei. E entre os seus muitos posts engraçados encontrei um que achei deveras curioso. Tinha o títtulo "Como esquecer alguém em 5 minutos ou mais um bocadinho". Eu não sou apologista do esquecimento. Muito pelo contrário. Acho que se deve recordar com uma certa nostalgia aqueles momentos bons e os momentos menos bons, recordar para não voltarmos a repetir o mesmo erro. Deixo aqui na íntegra o texto de Fernando Alvim. Mais uma vez volto a reforçar, não é da minha autoria (ainda não sou assim tão boa). Se quiserem ver o texto original ou cuscar o blog do Alvim aqui fica a morada: http://www.esperobemquenao.blogspot.com/.


"Como esquecer alguém em 5 minutos ou um bocadinho mais"

Antes de tudo, há que reconhecer que este poderia ser um belo nome para um daqueles livros que as pessoas oferecem umas às outras apenas e só pelo título e que usualmente se encontram em qualquer bomba de gasolina, no corredor do fundo, lado esquerdo, junto aos jornais. Não interessa o autor, nem se alguma vez se leu alguma coisa, nem se os críticos do mil folhas falaram bem, o que importa mesmo, é a mensagem que o título oferece a quem o recebe. E se depois lá dentro, nas páginas que se refugiam na capa, o conteúdo não for grande coisa, isso de nada importa. Entrega-se o livrinho como se estivéssemos a entregar uma senha de papel com uma mensagem, a fazer olhinhos, para a miúda que está na carteira ao lado: “Vai onde te leva o coração!”, “Fazes-me Falta!” “Não há coincidências” e claro o inevitável “Amo-te”.

Houvesse um medicamento, que depois de tomado nos fizesse esquecer a pessoa que amamos e as farmácias ficariam inundadas de gente à sua procura. Existisse uma operação que nos removesse a parte da memória que nos faz lembrar esse alguém e ficariam enormes as listas de espera para essa cirurgia. Mas não existe. Não há. Não se vende, nem se opera.

Mas pode-se esquecer? Pode. Como assim? Ora, usando uma técnica vulgarmente usada pelos bombeiros para extinguir os incêndios. O lendário truque do “Fogo contra Fogo” que basicamente consiste em lançar outro fogo em direcção ao que vem a arder. Assim, queima-se uma área que ainda não esteja ardida, para que quando o fogo lá chegar nada mais tenha para arder. E é limpinho.

O que há a fazer é queimar o que ainda houver de bom e fazer com que as coisas que estejam associadas à pessoa que queiramos esquecer não nos pareçam assim tão agradáveis. E quando ela – leia-se o incêndio – aparecer, já só resta terra queimada.

E assim, aproveitando esta bonita analogia dos incêndios, é justo revelar que aqui o grande problema é o vento, o vento que pode reacender as chamas. E esse vento, pode ser uma chamada dela – que ninguém atenda o telefone – uma súbita vontade de lhe ligarmos nós, às 4 da manhã com uma voz notoriamente embriagada – apague-se já o número – ouçam, o vento pode ser uma foto dela ainda no quarto – que se guarde isso numa gaveta escura – uma carta que imbecilmente relemos – perigo, perigo! – Aceitar um convite para jantar a dois sob o pretexto de irmos falar sobre o ambiente no mundo – isso é muito arriscado – ir a casa dela rever a primeira temporada dos Sopranos em dvd – que fique claro, ao aceitarem este convite, isto já nem será vento, mas possivelmente, um tornado.

E assim, voltando à perniciosa técnica do fogo contra fogo, o mais importante, é queimarmos tudo à volta sem usarmos um único fósforo. É dizermos “isto é muito bonito e tal, mas eu tenho que sair daqui antes que se faça tarde” e assim, ao não permitirmos recaídas que sabemos que só irão adiar o inevitável, extinguiremos o pouco que vai existindo até que tudo fique reduzido a cinzas, tão frias e inertes, que nenhum vento será capaz de as reanimar.

Tuesday, August 5, 2008

46 anos depois...

Faz hoje 46 anos que Marilyn Monroe foi encontrada morta na sua casa de Brentwood, na Califórnia. Como não poderia deixar de ser deixo a minha homenagem a um dos ídolos e a uma das mulheres mais poderosa e cheia de sexappeal que existiu.
Norma Jean Baker nasceu a 1 de Junho de 1926. Filha de Gladys Pearl Monroe e de pai desconhecido (embora muitos dos seus biografos acreditem que o seu pai seja Charles Stanley Gifford), passou a maior parte da sua infância entre orfanatos e familias de acolhimento, até que a 19 de Julho de 1942 é obrigada a casar com Jimmy Dougherty, sendo que a outra opção é voltar para os orfanatos.
Com a chegada da guerra aos Estados Unidos o seu marido é destacado para o Pacifico. Norma Jean começa então a trabalhar numa fábrica, colaborando para o esforço de guerra. É descoberta por um fotógrafo que lhe tira algumas fotos e assim começa a sua carreira de modelo aparecendo em várias revistas. Para prosseguir com a sua carreira ela pede o divórcio em 1946.
A 26 de Agosto de 1946 assina o seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox, pinta o cabelo de loiro platinado e muda o seu nome para Marilyn Monroe, sendo o último nome o nome da sua avó.
O primeiro papel de Marilyn em um filme foi uma participação, em 1947, em The Shocking Miss Pilgrim. Teve uma pequena participação no filme Asphalt Jungle que lhe deu a projecção necessária para o seu papel de Claudia Caswell no filme "All About Eve" com a mega estrela Bette Davis. Fica uma das cenas de Marilyn no filme:



Teve papéis em filmes como Let's Make It Legal, As Young As You Feel, Monkey Business e Don't Bother to Knock. Ganhou mais projecção no filme "Niagara", onde interpreta uma esposa que quer matar o seu marido. Brilhante interpretação da música "Kiss":


Em "Gentlemen Prefer Blondes" brilha com a sua voz. E quem é que pode esquecer a sua interpretação de "Diamonds are a girl's best friend":


Logo em seguida é uma das protagonistas do filme "How to marry a millionaire", que tal como o nome indica é a saga de jovens modelos que procuram homens ricos para casar e terem um futuro assegurado.
A sua vida pessoal continua em alta com o seu casamento com Joe DiMaggio a 14 de Janeiro de 1954. Mas após apenas nove meses de casamento e muito em parte devido à cena atrevida de "Seven Year Itch" DiMaggio pede o divórcio. A cena do filme é talvez a imagem mais guardada de sempre no imaginário colectivo. Marilyn em cima de uma das saidas de ar do metro de Nova Iorque:



Em 1955, troca Hollywood por Nova Iorque e vai para a escola de teatro de Lee Strasberg. Farta de ser tratada como uma loira burra e com a intenção de fazer papéis sérios, cria a sua própria produtora, a Marilyn Monroe Productions, que realiza filmes como "Bus Stop" e "The Prince and the Showgirl" onde contracena com Sir Laurence Olivier.
"Bus Stop" trailer:



"The Prince and the Showgirl" trailer:


Entretanto, Marilyn Monroe casa com o dramaturgo Arthur Miller e abandona por algum tempo os estúdios. Por fim, vive a vida que sempre desejou: tem uma casa e uma familia. Engravida, mas perde a criança. Pouco depois vê-se de novo forçada a voltar aos estúdios, uma vez, que Arthur não conseguia sustentar a casa.
Volta com o filme "Some like it hot" e mais uma vez vemos o seu talento musical no máximo:



Pouco depois, Arthur escreve um papel para a sua mulher num filme a que chama "The Misfits". Os problemas do casal começam a vir ao de cima com a dependência cada vez maior de barbituricos de Marilyn. Mesmo antes do fim das gravações do filme o casal separa-se.
Marilyn entra numa crise nervosa e é internada numa clinica para recuperação. Dias depois sai.
É de novo chamada pela Fox para participar num filme "Something's Got to Give", mas devido aos constantes atrasos e ao facto de ter participado na festa de aniversário de Kennedy é despedida. Alguns dias depois volta a ser contratada.
Marilyn cantou os Parabéns a você mais conhecidos de todo o mundo a 19 de Maio de 1962. Com a sua voz sensual e o vestido mais justo que alguma vez usou, encantou J.F.Kennedy com quem saiu, depois da cerimónia terminar, para um hotel.


Mesmo antes de voltar às gravações do filme que estava a fazer na altura, Marilyn Monroe é encontrada morta a 5 de Agosto de 1962 , nua, em cima da sua cama, na sua casa de Brentwood. Chegava ao fim a vida trágica desta mulher que só queria ser amada e que não queria que a tratassem como um boneco, mas sim como um ser humano. O relatório da autopsia diz-nos que a sua morte terá sido um provável suicidio com ingestão de comprimidos. No entanto, e passados tantos anos a dúvida persiste: suicidio, morte acidental ou homicidio, uma vez que sabia demais sobre a familia Kennedy?
Aqui fica a cena do seu último filme, filme esse inacabado


Anos depois continua a preencher o imaginário de muitos e a ser o símbolo sexual do século XX. Imitada pelos maiores icones de todos os tempos continua a viver nos seus filmes e nas conspirações de muitos.
Para terminar esta homenagem, nada melhor que as palavras da própria num poema escrito por ela:
"What I want to tell
Is what is on my mind
taint dishes
taint wishes
flinging
by
before I
die"...