Thursday, December 31, 2009

"After great pain a formal feeling comes--
The nerves sit ceremonious like tombs;
The stiff Heart questions--was it He that bore?
And yesterday--or centuries before?

The feet, mechanical, go round
A wooden way
Of ground, or air, or ought,
Regardless grown,
A quartz contentment, like a stone.

This is the hour of lead
Remembered if outlived,
As freezing persons recollect the snow--
First chill, then stupor, then the letting go."
Emily Dickinson


Um Feliz 2010!

Wednesday, December 30, 2009

Keith Haring


Tuesday, December 29, 2009

Cosy in the Rocket





Climb, climb into a rocket
And we set the fuse to go, go go
Head start, cosy in the rocket
And I need to go, to go, go,go
Tip top ready for the sky
And I'm tip top ready to go
Tip top ready for the sky
And I'm tip top ready to go,go,go


Come, come, fly into my palm
And collapse
Oh, oh, suppose you'll never know


Nobody knows where they might end up
Nobody knows
Nobody knows where they might wake up
Nobody knows
Nobody knows where they might end up
Nobody knows
Nobody knows where they might wake up
Nobody knows


Tic tac toe, you're fitting into place
And now the old ways don't seem true
Stick stop blue you're only shifting
In the same old shape you always do
Tip top ready for the sky
And I'm tick tock ready to go
Tip top ready for the sky
And I'm tip top ready to go, go go


Come, come, fly into my palm
And collapse
Oh oh, suppose you'll never know


Come, come, fly into my palm
And collapse
Oh oh, suppose you'll never know

Cinema...

E foi com este filme que comecei o meu espirito de Natal.






P.s.: Eu já não ia ao cinema desde "Blindness". xD

Thursday, December 24, 2009

X-mas

Para quem acredita no Natal, para quem não acredita, para quem acha que isto é uma maneira de fazer as pessoas gastarem rios de dinheiro, deixo-vos umas músicas de Natal que são uma fofura.
Bom Natal! E para quem não acredite nisso, que seja pelo menos um dia de ou uma noite em que as coisas sejam boas, nem que seja só por umas horas. É a noite da família. Aos meus amigos, guardo-vos no meu coração.












Friday, December 11, 2009

schweigen schweigen schweigen

schweigen schweigen schweigen

Schweigen schweigen schwiegen

Friday, November 27, 2009






Disarm you with a smile
And cut you like you want me to
Cut that little child
Inside of me and such a part of you
Ooh, the years burn

I used to be a little boy
So old in my shoes
And what i choose is my choice
What's a boy supposed to do?
The killer in me is the killer in you
My love
I send this smile over to you

Disarm you with a smile
And leave you like they left me here
To wither in denial
The bitterness of one who's left alone
Ooh, the years burn
Ooh, the years burn, burn, burn

I used to be a little boy
So old in my shoes
And what I choose is my voice
What's a boy supposed to do?
The killer in me is the killer in you
My love
I send this smile over to you

The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you
The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you
The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you

Tuesday, November 17, 2009

Esta tinha de vir para aqui. Bons momentos! xD

Sunday, November 15, 2009

Escrava:

1. aquela que vive em absoluta dependência de alguém;

2. pessoa privada de liberdade e submetida a um poder absoluto;

3. figurado: pessoa cuja acção é dependente de algo;

4. figurado: pessoa que trabalha em excesso;

5. pulseira larga, geralmente de metal.





Friday, November 6, 2009

Lógica da Batata

Pegando numa reflexão da minha professora de crítica literária, cheguei à conclusão de qual será o meu futuro.

Ora bem, a senhora disse qualquer coisa como isto:

"Diz-se que os críticos literários são escritores frustrados. Diz-se que os críticos literários são aqueles que não sabem escrever. E têem razão. Eu não tenho muita imaginação para escrever. É por isso que fui pelo caminho da Crítica Literária. Shame on me."

Portanto, não, não sou uma escritora frustrada. Não que tenha muito jeito para a escrita. Não tenho de facto. Mas não é por falta de imaginação, que isso tenho para dar e vender. Acho que é mesmo falta de jeito com as palavras, no seu uso, nos seus significados e em tudo o resto que compõem uma obra literária.

Conclusão: um dia destes dou por mim a dizer "Shame on me" porque se não sou boa a escrever, porque não sou, pelo menos sou boa a analisar.

Saturday, October 24, 2009

"O PAI
Era perversa:
dormia toda nua, os peitos soltos e brandos muito brancos e expostos tal como os seus mamilos largos, róseos, distendidos.Durante o dia andava em casa com as blusas desabotoadas e sentava-se de qualquer maneira com os fatos a subirem-lhe sempre a meio das coxas, deixando antever entre as pernas uma escuridão macia, amolentada na sua meia penumbra.

Era perversa:
deitava-se nos sofás, ao comprido, os braços atirados para trás e ficava assim, toda lisa, ao seu alcance, sem mal, a passar a língua aguda pelos lábios já húmidos

Era perversa:
de um louro fundo, a pele penugenta, os olhos de um azul duro, sempre adormentados

Era perversa:
rodeava-lhe com os braços o pescoço, os seios a esmagarem-se-lhe de encontro ao peito e o hálito morno, sedoso, a roçar-lhe a noca, a rastejar-lhe perto, como qe entorpecido de saliva.

Era perversa:
Deixava a porta entreaberta, esquecida, enquanto se despia devagar, a descobrir o ventre brando, os ombros magros, devagar em breves movimentos, em secretos sons e pactos com a infância.

Era perversa:
trazia os cabelos em desalinho e mornos de sono quando o beijava de manhã, a dar-lhe os bons-dias, com uma distracção de hábito tomada.

Era perversa:
dormia toda nua, os peitos soltos e brandos muito brancos e expostos tal como os seus mamilos largos, róseos, distendidos.

Quando entrou no quarto o homem hesitou, a olhá-la, a fixá-la no seu sono, mas logo avança, silencioso, e de manso pára junto à cama a hesitar novamente. Depois estende uma das mãos, desliza-a na curva suave do peito, na anca quente, doce, o dedos crispados a entranharem-se já nos pêlos sedosos da púbis.Curva-se quando ela acorda e tapa-lhe a boca com força, brutal, mantendo-a deitada, firmemente, debaixo do seu corpo agora ao comprido sobre o dela.Era perversa:tinha um riso liberto, sedento, e uma maneita envolvente de olhar os outros; um odor enlouquecido a entreabrir-se aos poucos, como um fruto, obsessivo: obsessivamente, obsessivamente.Indiferente, Mariana sente que ele sai de dentro de si, sujando-a de esperma também por fora. Depois vê-o que se levanta da cama, se veste à pressa e se vai embora sem a olhar, todo o tempo mudo, mesmo enquanto a forçara, mudo mesmo quando a tivera, rendida, afundada naquele torpor, de onde não quer sair nunca mais, cada hora mais fundamente perdida.«- Tens de deixar esta casa - disse-lhe ele numa voz neutra, monocórdica - não podemos continuar a viver todos juntos na mesma casa depois do que se passou. Foste a culpada de tudo, bem sabes que foste a culpada de tudo, eu sou homem; sou homem e tu és provocante, perversa. és perversa. Uma mlher sem vergonha, sem pudor. Não te quero ver mais, enojas-me, repugnas-me, envergonhas-me. Tu percebias, sei que percebias, que sabias como me punhas. Eu sou homem minha puta.»

- Claro que sou uma puta, podes estar tranquilo, pai, sou uma puta.

«- Grande cabra - chamou-lhe a mãe quando ela se dirigia para a porta da rua, agarrada às paredes para não cair. - Grande cabra.»"

23/4/71 in Novas Cartas Portuguesas

Friday, October 16, 2009

Quem disse que era fácil?

Da última vez que fiz uma análise à minha vida estava a pensar fazer um mestrado, tudo corria lindamente... E agora, não corre lindamente, mas vai correndo bem.
Dividir o tempo entre, aulas de alemão (não consegui acabar a licenciatura), seminários de mestrado (aprendi que não sou uma pessoa que desista fácilmente e que não vai abaixo por qualquer coisa), o trabalho de fim-de-semana na Zara (sim, é triste de todas as propostas e empregos que podia ter, fiquei com o que menos glamour e remuneração tem... Adeus Porto Palácio, adeus externato, adeus Caetano Bus, por agora). E depois a vida de pessoa, que embora sendo pouca ainda vai dando para estar com alguns amigos, sentir muito a falta de outros que estou longe longe ou que mesmo pertinho fazem as saudades apertar.
Não pensem que me queixo (ok, por vezes vem uma fraqueza momentanea e eu começo a dizer porque raio me meti nisto tudo ao mesmo tempo). Fui eu que escolhi estar assim cheia de trabalho até à ponta dos cabelos (ora lê romances com imensas páginas para Literatura Norte-Americana, ora lê peças de teatro para Literatura Inglesa, ora lê poéticas para Crítica Literária, ora lê textos para Estudos Feministas, ora prepara textos para História do Género ou tenta não fulminar a professora de alemão com os olhos)... No meio disto tudo já são horas e horas perdidas de sono para tentar fazer tudo, é ler enquanto se janta... É lista de coisas a fazer que nunca mais acaba...
É não ver TV ou filmes há mais de um mês e meio... É estar por vezes tão cansada que parece que nunca mais acaba...
E no fundo, estou feliz por isso. Sinto que estou no sítio certo. Sinto que não poderia estar a fazer mais nada que não isto...
Que me desculpem os meus amigos se ultimamente tenho estado um bocadinho ausente, distante, chata e a cair de sono...
Isto de se tentar conciliar tudo não é nada fácil... Mas quem disse que era?

Saturday, October 10, 2009

O ... não mata, mas morre!

Sunday, September 27, 2009

Só depois de me perder é que me consegui encontrar.

Não pensei que fosse conseguir, mas parece que no fim tudo correu pelo melhor.

Friday, September 11, 2009

Friday, August 21, 2009

É isto que eu quero no Natal!!!

Saturday, August 8, 2009

"Queriamos falar sobre a felicidade, e nem notámos que era na morte que pensávamos..."


Annemarie Schwarzenbach, "Morte na Pérsia"

Friday, July 31, 2009

"FOTOGRAFIA DO PORTO

O Porto é uma menina a falar-me de outra idade.
Quando olho para o Porto sinto que já não sou capazde entender a sua voz delicada e, só por ouvir, sou
um monstro que destrói. Mas os meus dedos são capazes
de tocar-lhe nos ombros, de afastar-lhe os cabelos.
Entre mim e o Porto, existem milímetros que são
muito maiores do que quilómetros, mesmo quando
os nossos lábios se tocam, sobretudo quando os nossos
lábios se tocam. De que poderíamos falar, eu e o Porto,
deitados na cama, a respirar, transpirados e nus?
Eis uma pergunta que nunca terá responta."

José Luís Peixoto, Gaveta de Papéis


O Porto será sempre vosso. Venham sempre. Três anos passaram a correr, mas ficam as memórias de uma cidade que será sempre vossa e que vos acolheu, acolhe e irá sempre acolher com um sorriso na cara e os braços abertos. Não foi uma despedida de "Até Sempre". Foi uma despedida de "Até já". À cidade e a Nós...

Monday, July 20, 2009

Mestrados e coisas afins...

As últimas semanas têm sido a verdadeira loucura. Entre muitos contratempos pessoais que não interessam para este post, começou o principio do fim e o começo de uma nova etapa.
Quase, quase a terminar a licenciatura, porque me faltam duas cadeiras que tenho de fazer em setembro porque comprei uma guerra com a professora, inscrevi-me para o mestrado.
Sim, a pessoa aqui inscreveu-se para mestrado.
Tudo começa no dia 14 de Julho, último dia para candidatura a mestrado da primeira fase, e eu estou completamente stressada a fazer currículos, a escrever uma carta de compromisso de boa fé, visto que ainda não completei a licenciatura e escolher os mestrados a que me ia candidatar.
Decidi que me ia candidatar a três: Mestrado em Estudos Anglo-Americanos; Mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes e Mestrado em Tradução e Serviços Linguísticos.
Até aqui tudo bem. Enviei a candidatura e estava feito. Podia descansar... Ou talvez não... Para o Mestrado em Tradução e Serviços Linguísticos é necessário realizar provas de língua. E como eu tenho imensa sorte, não é que as provas de língua de Inglês e Alemão eram no mesmo dia com duas horas de diferença? E a cereja no topo do bolo? Eram no dia 15 de Julho...
Depois de dormir pouco mais de três horas vou eu fazer o exame de Inglês. Dou logo de caras com quem não queria. De tarde vou fazer o exame de Alemão e quando acabo a professora diz-me que tenho entrevista quinta-feira desta semana... E pensei que seriam todas as emoções para um só dia.
Mas não... Estou a sair do exame de Alemão e recebo uma mensagem de uma amiga a dizer que temos marcada para terça a entrevista para Mestrado de Estudos, Literários, Culturais e Interartes... Great!!! Entervista com a mulher que me ia fazendo ficar mais um ano na faculdade por causa da sua incompetência....
E pensava eu, na minha inocência, enquanto estava sentada com a Catarina no Shopping Bom Sucesso no Porto que as surpresas tinham acabado. Não. Ligam-me do Departamento de Anglo-Americanos a dizer que tenho entrevista para Mestrado marcada para sexta-feira às 10 da manhã...
Muito bem. Chega sexta-feira e eu tremia tanto que dava medo. Era o director de Mestrado, o meu professor de Estudos Irlandeses e o meu director de curso e meu professor de Literatura Norte-Americana Romance pós 1945 que me iam fazer a entrevista. A entrevista não foi nada assustadora. Foram uns amores comigo. Que posso dizer, eles adoram-me.
Quando termina a entrevista e eu estou preparada para me vir emboa, eles dizem "Parabéns!!! Foi admitida neste mestrado. Faça as cadeiras em setembro e junte-se a nós!".
Naquele momento só me apetecia gritar de tão feliz que estava e continuo!!!
Amanhã vou a outra entrevista, mas mesmo que não seja admitida, não quero saber. Estou num mestrado que gosto!
Foi bom depois de um ano que começou tão mal a todos os níveis, acabar, pelo menos a nível académico, tão bem.
Agora é esperar, porque parece que finalmente os frutos da queima de neurónios estão a começar a florescer.
Agora é arranjar um emprego. Sim, porque não vou andar a "chular" os meus pais durante mais dois anos e o Estado não me paga nada.
A curto prazo é encontrar algo no armário que seja minimamente decente para levar a uma entrevista com uma mulher para quem certas peças de vestuário são obra do diabo. Isso e sapatos...
Finalmente vou até ao fim acompanhada pela Literatura e pelas mulheres.

Saturday, July 11, 2009

Amália Hoje

Nunca gostei muito de Amália. Mas tiro o chapéu a estes senhores e senhora.

Sunday, July 5, 2009


Faltava alguém para me segurar num casaco imaginário. Foi óptimo! E ele disse que eu tinha uns olhos lindos! *.* Éle é um querido!!!

Saturday, July 4, 2009

Algumas das razões para adorar os anos 80
















Doll Parts - Hole

Era esta a música que estava a dar na Intimissi e eu já não ouvia há tanto tempo que me tinha esquecido dela... Foi bom recordar. Hole no seu melhor.

Monday, June 29, 2009

É isto...



Exames, mais exames, mais exames e trabalhos... Começou por Inglês, que já está a arrumada!!! Passou por Alemão, mas não vamos falar disso até Setembro quando for fazer o exame... A seguir Estudos Irlandeses... Sim, eu achava piada até ler poemas e obras como aquelas que li e fazer trabalhos puxados de sei lá onde... Hoje um exame de Literatura Norte-Americana Pós 45... E amanhã é começar a fazer o trabalho de Seminário com 20 páginas para entregar até dia 2... Já mencionei que a maior parte dos livros está em alemão antes da reforma ortográfica e que a obra, uma das, que vou analisar está em alemão suiço? Pois... Isto tudo levou-me a esquecer de comer, a desmaios e a um estado de exaustão mental e físico tão grande que coiso... Estou mais ou menos assim... Mas não há-de ser nada!!! Quem aguentou dois anos, aguenta três... Ou não! xD


Coisas mais divertidas!!! S. João!!! Aniversário de uma amiga minha, a maior diversão! Uma noite para descontrair e festejar!! No dia seguinte coiso.... Não, não me embebedei, voltei para o estudo.


E agora vou cortar mais um bocadinho os pulsos com a faca de barrar manteiga enquanto tento escrever sobre Annemarie Schwarzenbach...



Thursday, June 18, 2009

"The sun is the past, the earth is the present, the moon is the future"

Tesla

Sunday, June 14, 2009

"Quem lê muita literatura sabe questionar o mundo, aprende a ser crítico. As pessoas que não lêem literatura são frágeis."
Gonçalo Vilas-Boas
E isto é bem verdade...

Monday, June 8, 2009

Hoje conheci a história de alguém que me mudou a vida... Quer dizer, já conhecia a história, nunca me tinha sido contada na primeira pessoa.
Imaginem o que é a vossa vida mudar de um momento para o outro por causa de um problema de saúde... Serem uma pessoa activa e de repente terem de depender de outros e de medicação... Já conhecia a história, não pensei que me tocasse tanto sendo contada na primera pessoa, com todos os promenores.
Hoje aprendi a dar valor a tudo. Obrigada! Desejo-te tudo de bom!

Friday, June 5, 2009

Envelheci mais hoje, no que em todos os anos da minha vida...

Saturday, May 30, 2009


Kingdom Of Welcome Addiction - IAMX


Do you remember your coming down,
Forced to take sides?
Your taunted charm and your broken smile,
Touched me unexpectedly.

So long,
So long you've waited in line.
Desire is a gift in life.
So long,
So long you've left and arrived,
It's time for you to stay a while.

If you chose life,
You know what the fear is like.
You welcome addiction,
This is your kingdom.

Your fight for power,
For memories, answers and signs,
Will bring you through the dark to light,
Clear and redefined.

Too long,
Too long I waste for these,
Emotionally sucking life,
Too long,
Too long, you waste, and right,
It's time for you recognise.

If you chose life,
You know what the fear is like.
You welcome addiction,
This is your kingdom.

If you chose life,
You know what the fear is like.
You welcome addiction,
This is your kingdom.

Sunday, May 24, 2009

Perguntas Parvas...

Aqui ficam algumas das perguntas mais estúpidas que toda a gente faz no seu dia-a-dia...

1- Quando alguém tem um acidente e vai para o hospital:
"Está a sentir-se bem?"
A Ùnica resposta ÓBVIA para esta pergunta seria : "PORRA! Acabei de ter um acidente.. tou toda partida.. vim para o hospital... e agora ainda tenho de aturar uma enfermeira burra que nem uma porta? NÃO! NÃO ESTOU BEM"

2- Quando telefonas a um(a) amigo(a) e explicas que não foste ao cinema porque foste ao funeral do teu tio:
"oh! O teu tio morreu?"
"Nãaaaaaaaaaaaaaao! Achas? Nós só fomos la ensaiar.. para quando ele morrer não chorarmos fora de tom..."

3- Está alguém a andar a volta do Santuário de Fátima de joelhos e alguém pergunta:
"Está a pagar promessa?
"Não não. Estou só a fazer esfoleação aos joelhos.. tirar as células mortas..."

4-Acabas de tomar banho e alguém pergunta:
"Tomaste banho?"
"Não!... Está a chover no WC!!!!"

5-Alguém liga para tua casa e pergunta:
"Onde estás?"
"No Pólo Norte!!! Um furacão trouxe a casa até cá!"

6-Quando alguém leva um electrodoméstico para a reparação e o técnico pergunta:
"Está avariado?"
"Não!... Só estava cansado de estar lá em casa e eu trouxe-o para passear."

E é isto....

Wednesday, May 20, 2009

e. e. cummings


Decidi colocar aqui este poema numa pequena homenagem a uma amiga minha, que ultimamente parece ter encontrado a paz depois da tempestade. Para coroar este momento deixo um poema de e. e. cummings. Neste momento, penso que é este poema que se molda ao teu estado de espírito. Se não for, peço perdão...


i like my body when it is with your

body. It is so quite new a thing.

Muscles better and nerves more.

i like your body. i like what it does,

i like its hows. i like to feel the spine

of your body and its bones, and the trembling

-firm-smooth ness and which i will

again and again and again

kiss, i like kissing this and that of you

,i like, slowly stroking the, shocking fuzz

of your electric fur, and what-is-it comes

over parting flesh ... And eyes big love-crumbs,


and possibly i like the thrill


of under me you so quite new

Friday, May 15, 2009

Morte na Pérsia...


"Em 23 de Maio de 1908 nasceu em Zurique a escritora, fotógrafa e jornalista Annemarie Schwarzenbach. Doutorada em História, cedo enveredou pelas duas paixões da sua vida: a da viagem e a da escrita. Obsessiva nas relações com os outros, com as amigas com quem se relacionava, consigo própria, procurou escapatórias na morfina e no álcool. Desde cedo viu-se na necessidade de fugir da casa mais materna que paterna, para encontrar um espaço seu, gravitando sobretudo nos primeiros anos da década de 30, à volta dos filhos de Thomas Mann, Erika e Klaus. A sua vida passou-se entre partidas e regressos, entre a família e a procura de outros espaços, sobretudo no Médio Oriente, mas também pela Europa dos anos 30, pelos Estados Unidos, pelo Congo, por Marrocos, por Portugal. Já nos finais dos anos 20 começou a escrever contos, e em 1931 publicou o primeiro romance Freunde um Bernhard [Amigos à volta de Bernhard] e em 1933 Lyrische Novelle [Novela Lírica, publicada em Portugal pela Granito, no Porto, em 2002]. Em 1934 faz a sua primeira viagem ao Próximo e Médio Oriente, região a que voltará mais três vezes. É a partir das suas experiências de viagem que escreve, em 1940, o romance que mais a celebrizou Das Glückliche Tal [O Vale Feliz]. Em 1941 e 1942 esteve umas semanas em Lisboa, tendo escrito mais de 20 artigos [Annemarie Schwarzenbach em Portugal (1941, 1942, coord. Gonçalo Vilas-Boas, cadernos do cieg nº 11, CIEG/Minerva, Coimbra, 2004]. Antes de regressar a Portugal, onde queria ser repórter naqueles difíceis anos da guerra, cai da bicicleta e morre pouco depois, em 15 de Novembro de 1942, aos 34 anos de idade. Em vida publicou dois romances, uma novela, três livros de viagem e mais de 300 reportagens e textos de viagem em jornais suíços. O espólio fotográfico nos Arquivos Literários Suíços, em Berna, conta com milhares de negativos, incluindo mais de cem tirados em Lisboa. A partir da sua redescoberta, em 1987, a sua obra não deixou de encontrar um vasto número de leitores. Aos poucos vão também aparecendo novos textos, até agora considerados perdidos. Foram publicadas já três biografias sobre ela e realizaram-se dois documentários. Em 2008 estão previstas mais duas biografias, um livro sobre as relações entre a autora e Carson McCullers e um novo filme está na calha. Isto demonstra o interesse continuado pela obra de Annemarie Schwarzenbach."

Sunday, May 10, 2009

Puto Grelado!!!


E finalmente tenho um! Depois de todas as piadas, depois de tudo tenho um grelo!!! :D
Este ano começou a pesar a saudade...
Obrigada a todos os que estiveram presentes naquele momento! Vocês são demasiado especiais para mim. =')
I can't put in words what I felt in that moment... I just can say that my heart almost exploded of joy and happiness! My tears were of joy! My heart is with you all, no matter what!
=')

Sunday, April 19, 2009

"Myself wars on Myself"

Sunday, April 5, 2009

Voltei atrás no tempo...
Aprendiz de vôo, diriam na altura...
A verdade é que aprendi, tive um bom professor que me abriu as asas, me ensinou a voar e a aterrar com suavidade, não sem primeiro ter passado por aterragens bruscas...
O certo é que hoje percebo que já não vôo. deixei de voar por algum tempo e pensei que o fazia. Quis esquecer tudo aquilo que aprendi, achei que já não iria cair mais.
Como estava enganada...
Há falta de vento e de me ter esquecido como se voava, juntei o recolher de asas.
Hoje quem passeava no mercado era eu. Mas não estava lá ninguém. Não estava ninguém caído, não estava ninguém que se recusa-se a aprender a voar, nem sequer me ensinou que tinha asas e que podia voar...
Uns passos mais à frente encontrei um espelho. Esperei para ver umas asas prontas a voar. Em vez disso, vi umas asas mutiladas, presas; vi alguém caído, desfigurado e vi que era eu.
Lembrei-me finalmente que tenho tudo para voar. Que sei como, e que sei que tenho asas.
Neste momento só resta cortar as amarras que as prendem, curar as feridas que lhes infligi e depois abri-las novamente e voltar, devagar a voar.
Acabou o tempo de fugir por ter medo de cair ou aterrar mal.
Ensinaram-me a voar. Agora é altura de pôr em prática aquilo que aprendi.
Um dia quero passar pelo mercado e não quero, nem fugir nem ver-me ferida e de asas presas.
É tempo de abrir as asas, relembrar o que sei.
Talvez um dia, se não voar ao lado de quem me ensinou, pelo menos mostrar às gerações futuras que todos temos o poder de abrir as asas e voar.

Wednesday, March 25, 2009

Hinos à Noite, Novalis

"Outrora, quando vertia lágrimas amargas, quando, diluída na dor, a minha esperança se desfez e eu me encontrava sozinho sobre o estéril montículo que encerra em negro e estreito espaço a imagem da minha vida - só, como jamais alguém esteve, impelido por um medo indizível - inerme, tão somente com um único pensamento ainda, o da carência. - Quando olhava em meu redor em busca de auxílio, sem que pudesse avançar nem recuar, preso por uma saudade infinita a essa vida extinta e fugidia: - eis que da distância azulada - dos altos cumes da minha antiga bem-aventurança, veio um frémito de crepúsculo - e de súbito romperam-se os vínculos do nascimento - a cadeia da Luz. Para longe de mim se voltou o curso do esplendor terreno e, com ele, o meu luto - e também a melancolia fluiu para um novo mundo, infundamentado - e tu, exaltação nocturna, torpor do Céu, vieste sobre mim - todo o lugar se elevou no ar mansamente; e sobre o lugar pairou o meu espírito, desvinculado, de novo nascituro. Em nuvem de poeira se converteu o montículo de terra - e através das nuvens vi a fisionomia gloriosa da Amada. Nos seus olhos repousava a eternidade - prendi-lhe as mãos, e as lágrimas eram um laço cintilante, irrompível. Milénios perpassaram a caminho dos longes como intempéries. Suspenso do seu colo, chorei lágrimas de deleite pela nova vida. - Foi esse o primeiro e único sonho - e somente desde então tenho uma fé eterna e imutável, no Céu da Noite, na sua luz, a Amada."

"Sei agora quando será a manhã derradeira - quando a luz não afugentar mais a noite e o Amor – quando o sono for eterno e um sonho só inesgotável. Sinto em mim uma fadiga celeste – Longa e penosa foi a minha peregrinação ao Sepulcro Santo, opressiva a minha Cruz. A onda de Cristal, imperceptível aos vulgares sentidos, que jorra no seio obscuro do montículo de cujo sopé o terrestre caudal irrompe, quem dela alguma vez provou, quem esteve no cume das montanhas que delimitam o mundo e olhou para Além, para a nova terra, a morada da Noite – em verdade, esse não regressará jamais aos trabalhos deste mundo, à terra onde a Luz habita em eterna agitação.Esse é o que levantará no alto as tendas da Paz, o que sente a ânsia e o amor e que olha para Além até que a hora entre todas bendita o faça descer ao imo da nascente – por cima, flutua o que é eterno, reflui ao sabor de tormentas; mas tudo aquilo que o contacto do amor santificou escorre dissolvido, por ocultas vias, para a região do Além e aí se mistura, como os aromas, com os seres amados para sempre adormecidos.(…)"

Escolhi estes dois excertos ao acaso. Espero que vos leve a ler todos...

Sunday, March 8, 2009

Canção do Engate, António Variações


Canção do Engate - António Variações

Wednesday, February 18, 2009

"Der Vorleser", o livro, o filme....

Foi numa aula de Literatura de Expressão Alemã II que pela primeira vez ouvi falar de Bernard Schlink. Mais tarde fui com um amigo comprar o livro e em dois dias devorei-o. Agora está em exibição o filme.
O livro fala não só de amor, mas de uma geração que anos após o final da guerra ainda tem de lidar com aquilo que outras gerações fizeram...
Deixo-vos aqui a descrição da contra-capa do livro. Leiam e vejam! "O Perfume" é bom, mas este é muito melhor. Mistura a história com fantasia e faz-nos pensar no que faríamos se estivessemos no lugar daquelas pessoas....
Fica a sugestão.

"Um advogado alemão que amou uma ex-guarda de um campo de concentração pode vir a acusá-la sem se trair a si mesmo? É a reflexão, entre muitas outras, que Bernhard Schlink nos convida em O Leitor.

Michael Berg, um adolescente nos anos 60, é iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta e finalmente fazem amor. Este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece de repente da vida de Michael.

Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração anterior, responsável por vários crimes."

in "O Leitor", de Bernhard Schlink, ASA Editores, S.A.


Monday, February 16, 2009

Projecto Clarice por Patrícia Lino

Há já algum tempo que tenho vindo a seguir o blog que vos vou apresentar a seguir.
Patrícia Lino está no primeiro ano de faculdade na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Para a cadeira de Métodos e Técnicas de Pesquisa tinha de escolher um escritor e falar dele... Pois bem, a Patrícia levou isso muito a sério e esse trabalho está no seu blog:

http://projectoclarice.blogspot.com/

A razão pela qual este post é tão pequenino? Bem, visitem o blog do Projecto Clarice e saberão o porque.
Reconhecer o bom trabalho nunca fez mal a ninguém.

Thursday, February 12, 2009

Mondnacht, Eichendorff

Hoje deixo-vos aqui, meus caros leitores, mais uma pérola da literatura alemã. Espero que apreciem. A tradução desta vez não é minha. Encontrei esta e achei que estava tão perfeita, que qualquer uma feita por mim não seria melhor. É um poema de Eichendorff, que mais tarde Schumann musicou. Deixo-vos também a música de Schumann. Para finalizar, deixo-vos o original em alemão, para quem perceber, ou para quem simplesmente tem curiosidade em saber como é.






mondnacht- eichendorff. schumann. p. schreier.mp3 - Schumann

Noite de luar

"Foi como se o céu beijara
Toda a terra, devagar,
E que ela, em halo de flores,
Ficasse co'ele a sonhar.

O ar passou pelos campos,
Espigas a baloiçar,
Bosques sussurraram manso
Tão clara a noite ao luar.

E a minh'alma abriu as asas
Largas - e pôs-se a voar:
E voou por sobre as terras
Como p'ra casa a voar."

(Tradução de Paulo Quintela)


Mondnacht
"Es war, als hätt der Himmel
Die Erde still geküsst,
Dass sie im Blütenschimmer
Von ihm nun träumen müsst.

Die Luft ging durch die Felder,
Die Ähren wogten sacht,
Es rauschten leis die Wälder,
So sternklar war die Nacht.

Und meine Seele spannte
Weit ihre Flügel aus,
Flog durch die stillen Lande,
Als flöge sie nach Haus."

Eichendorff

Tuesday, February 10, 2009

35 anos depois...

“The Kiss by the Hôtel de Ville,” taken in Paris in 1950. (Photo: Robert Doisneau)



Hoje os meus pais fazem 35 anos de casados!!! That's right! Aquelas duas pessoas estão juntas há 35 anos e parece-me que muitos mais virão!
Orgulho e admiração são as palavras que me ocorrem!
Não tenho uma fotografia do dia de casamento deles, mas deixo aqui uma fotografia que adoro e sempre adorei e que retrata o amor!
Aos meus pais, um brinde! E que muitos mais se repitam!



Tuesday, February 3, 2009

Foz, 16-07-2008, Fim de tarde...

Apetece-me estar em algum sitio que não aqui... Apetece-me neste momento ir até à praia (suspiro)... Apetece-me observar as ondas, sentir o cheiro a mar, ver o luar reflectido na água e a bater na minha cara (suspiro profundo)... Apetece-me tudo isso, mas não me apetece ir sozinha... Wish you were here...

Sunday, February 1, 2009

Aquarius!

Saturday, January 31, 2009

Está um temporal lá fora... E por mais louco que possa soar, era lá que eu gostava de estar... Debaixo da chuva...
(Suspiro profundo)

Saturday, January 24, 2009

"The driver started up the street. I settled back. Brett moved close to me. We sat close against each other. I put my arm around her and she rested against me comfortably. It aws very hot and bright, and the houses looked sharply white. We turned out onto thr Gran Via.
'Oh, Jake', Brett said, 'we could have had such a damned good time together.'
Ahead was a mounted policeman in a khaki directing traffic. He raised his baton. The car slowed suddenly pressing Brett against me.
'Yes.' I said. 'Isn't it pretty to think so?'"

"Fiesta: The Sun Also Rises", Ernest Hemingway

Saturday, January 17, 2009

Esta música passa sempre que estou a conduzir... Sempre! E pronto, eu gosto dela. Deixo-vos aqui uma música para o fim-de-semana, em que não posso conduzir (o meu pai já tirou o castigo de não me deixar conduzir), mas estou com dores no pé direito e não consigo conduzir...




Couldn't save you from the start
Love you so it hurts my soul
Can you forgive me for trying again
Your silence makes me hold my breath
Oh, time has passed you by

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
Here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I watched the clouds drifting away
Still the sun can't warm my face
I know it was destined to go wrong
You were looking for the great escape
To chase your demons away

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
And here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I've been so lost since you've gone
Why not me before you
Why did fate deceive me
Everything turned out so wrong
Why did you leave me in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

Saturday, January 10, 2009

Lore Lay, Die Zauberin

Para o primeiro post de 2009, escolhi uma tradução feita por mim do poema de Clemens Brentano, "Lorelei".
É um poema da época aurea do Romantismo alemão, que fala de uma mulher que se tornou uma feitiçeira depois de o seu amor a ter trocado por outra. São os seus olhos que matam os homens, são as suas palavras que o seduzem.
Fortemente influenciado por o místicismo que o Romantismo alemão que tanto o inspira, Brentano cria figuras Ondinas e remete-nos para aquilo que os gregos tinham como Sereias que seduziam os marinheiros...

Para aqueles que estão familiarizados com a literatura alemã, irão ver que isto é uma Balada. Para quem não está deixo aqui uma pequena definição: uma Balada é uma composição lírica onde também se encontram caracteristicas de outros géneros literários.
Deixo-vos uma modesta tradução feita por mim:

"Perto de Bacharach sobre o Reno
Vivia uma bruxa.
Ela era tão bela e delicada,
E seduziu muitos corações.
E ela trazia vergonha a todos os homens
Que se reuniam à sua volta;
Dos seus feitiços de amor
Não havia salvação possível.
O bispo desejava convocá-la
Para que ela se confessasse,
E ela iria implorar perdão.
Tão determinado estava ele.
Ele disse-lhe calmamente:
"Pobre Lore Lay!
Quem te seduziu
Para a vil bruxaria?"
"Senhor Bispo, deixe-me morrer!
Estou cansada da vida,
Porque tudo o que os meus olhos vêem
Deve ser destruído!
Os meus olhos são duas chamas,
Os meus braços duas varinhas de condão.
Ó, deixe-me morrer nas chamas,
Ó, parta o seu crucifixo em mim."
"Eu não te posso condenar ao sofrimento eterno,
Porque me contaste
A razão pela qual o meu coração é queimado
Pelas tuas chamas.
Eu não posso partir o meu crucifixo em ti,
Bela Lore Lay!
Assim sendo
Tenho de partir o meu coração em dois pedaços!"
"Senhor Bispo, não me aperte em jeito de troça
Nos seus braços,
E reze pela minha salvação
Ao seu tão amado Deus!
Eu não devo viver mais tempo,
Porque já não amo.
A morte que me pode dar
É a razão pela qual vim ter consigo!
Os meus tesouros foram levados,
Com tal perícia
Foram eles levados de mim,
Para uma terra desconhecida.
Os meus olhos brandos e selvagens,
As minhas bochechas brancas e vermelhas
As minhas palavras tão calmas e doces,
Estes são os meus feitiços.
Eu devo castigar a mim própria,
O meu coração causa-me tal dor;
De dor morrerei,
Quando vir a minha própria imagem.
Então deixe-me encontrar o meu caminho,
Morrer como Cristo,
E então tudo passará,
Porque Ele não estará comigo!"
Ele ordenou a três cavaleiros:
"Levem-na para um mosteiro!
Vai, Lore Lay – Deus ordenou-te
Que espiasses os teus pecados!
Deves-te tornar uma freira,
Uma freira de branco e preto,
Para te prepares aqui na terra
Para o teu fim!"
Ela estava a ser levada para o mosteiro
Pelos três cavaleiros,
E a bela Lore Lay estava tão triste na sua companhia.
"Ó cavaleiros, deixai-me ir
Até ao topo deste grande rochedo,
Irei pela última vez olhar
Para o castelo daquele que amo.
Irei pela última vez olhar
Para o Reno
E depois irei para o mosteiro
E tornar-me-ei noiva de Deus."
O rochedo era tão escarpado,
A sua parede formava um precipício,
E no entanto ela subiu até aquelas alturas,
E parou no topo.
E os três cavaleiros
Prenderam os seus cavalos no fundo,
E começaram a trepar
Até chegarem ao topo do rochedo.
A donzela disse: "Aí vem
Um barco atravessando o Reno;
Ali onde está o barco
É onde deve estar o meu amor!
O meu coração encher-se-á de alegria,
Porque ele é o meu amor!"
E então ela debruçou-se
E mergulhou no Reno.
Os cavaleiros também devem morrer,
Pois não podem regressar;
Ela castigou-se
Sem sacerdote nem túmulo.
Quem cantou esta canção?
Um marinheiro no Reno,
E sempre ecoou
Vindo da rocha dos Três Cavaleiros
Lore Lay! Lore Lay! Lore Lay!
Tal como os três...."