Saturday, January 31, 2009

Está um temporal lá fora... E por mais louco que possa soar, era lá que eu gostava de estar... Debaixo da chuva...
(Suspiro profundo)

Saturday, January 24, 2009

"The driver started up the street. I settled back. Brett moved close to me. We sat close against each other. I put my arm around her and she rested against me comfortably. It aws very hot and bright, and the houses looked sharply white. We turned out onto thr Gran Via.
'Oh, Jake', Brett said, 'we could have had such a damned good time together.'
Ahead was a mounted policeman in a khaki directing traffic. He raised his baton. The car slowed suddenly pressing Brett against me.
'Yes.' I said. 'Isn't it pretty to think so?'"

"Fiesta: The Sun Also Rises", Ernest Hemingway

Saturday, January 17, 2009

Esta música passa sempre que estou a conduzir... Sempre! E pronto, eu gosto dela. Deixo-vos aqui uma música para o fim-de-semana, em que não posso conduzir (o meu pai já tirou o castigo de não me deixar conduzir), mas estou com dores no pé direito e não consigo conduzir...




Couldn't save you from the start
Love you so it hurts my soul
Can you forgive me for trying again
Your silence makes me hold my breath
Oh, time has passed you by

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
Here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I watched the clouds drifting away
Still the sun can't warm my face
I know it was destined to go wrong
You were looking for the great escape
To chase your demons away

Ooh, for so long I've tried to shield you from the world
Ooh, you couldn't face the freedom on your own
And here I am left in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

I've been so lost since you've gone
Why not me before you
Why did fate deceive me
Everything turned out so wrong
Why did you leave me in silence

You gave up the fight
You left me behind
All that's done's forgiven
You'll always be mine
I know deep inside
All that's done's forgiven

Saturday, January 10, 2009

Lore Lay, Die Zauberin

Para o primeiro post de 2009, escolhi uma tradução feita por mim do poema de Clemens Brentano, "Lorelei".
É um poema da época aurea do Romantismo alemão, que fala de uma mulher que se tornou uma feitiçeira depois de o seu amor a ter trocado por outra. São os seus olhos que matam os homens, são as suas palavras que o seduzem.
Fortemente influenciado por o místicismo que o Romantismo alemão que tanto o inspira, Brentano cria figuras Ondinas e remete-nos para aquilo que os gregos tinham como Sereias que seduziam os marinheiros...

Para aqueles que estão familiarizados com a literatura alemã, irão ver que isto é uma Balada. Para quem não está deixo aqui uma pequena definição: uma Balada é uma composição lírica onde também se encontram caracteristicas de outros géneros literários.
Deixo-vos uma modesta tradução feita por mim:

"Perto de Bacharach sobre o Reno
Vivia uma bruxa.
Ela era tão bela e delicada,
E seduziu muitos corações.
E ela trazia vergonha a todos os homens
Que se reuniam à sua volta;
Dos seus feitiços de amor
Não havia salvação possível.
O bispo desejava convocá-la
Para que ela se confessasse,
E ela iria implorar perdão.
Tão determinado estava ele.
Ele disse-lhe calmamente:
"Pobre Lore Lay!
Quem te seduziu
Para a vil bruxaria?"
"Senhor Bispo, deixe-me morrer!
Estou cansada da vida,
Porque tudo o que os meus olhos vêem
Deve ser destruído!
Os meus olhos são duas chamas,
Os meus braços duas varinhas de condão.
Ó, deixe-me morrer nas chamas,
Ó, parta o seu crucifixo em mim."
"Eu não te posso condenar ao sofrimento eterno,
Porque me contaste
A razão pela qual o meu coração é queimado
Pelas tuas chamas.
Eu não posso partir o meu crucifixo em ti,
Bela Lore Lay!
Assim sendo
Tenho de partir o meu coração em dois pedaços!"
"Senhor Bispo, não me aperte em jeito de troça
Nos seus braços,
E reze pela minha salvação
Ao seu tão amado Deus!
Eu não devo viver mais tempo,
Porque já não amo.
A morte que me pode dar
É a razão pela qual vim ter consigo!
Os meus tesouros foram levados,
Com tal perícia
Foram eles levados de mim,
Para uma terra desconhecida.
Os meus olhos brandos e selvagens,
As minhas bochechas brancas e vermelhas
As minhas palavras tão calmas e doces,
Estes são os meus feitiços.
Eu devo castigar a mim própria,
O meu coração causa-me tal dor;
De dor morrerei,
Quando vir a minha própria imagem.
Então deixe-me encontrar o meu caminho,
Morrer como Cristo,
E então tudo passará,
Porque Ele não estará comigo!"
Ele ordenou a três cavaleiros:
"Levem-na para um mosteiro!
Vai, Lore Lay – Deus ordenou-te
Que espiasses os teus pecados!
Deves-te tornar uma freira,
Uma freira de branco e preto,
Para te prepares aqui na terra
Para o teu fim!"
Ela estava a ser levada para o mosteiro
Pelos três cavaleiros,
E a bela Lore Lay estava tão triste na sua companhia.
"Ó cavaleiros, deixai-me ir
Até ao topo deste grande rochedo,
Irei pela última vez olhar
Para o castelo daquele que amo.
Irei pela última vez olhar
Para o Reno
E depois irei para o mosteiro
E tornar-me-ei noiva de Deus."
O rochedo era tão escarpado,
A sua parede formava um precipício,
E no entanto ela subiu até aquelas alturas,
E parou no topo.
E os três cavaleiros
Prenderam os seus cavalos no fundo,
E começaram a trepar
Até chegarem ao topo do rochedo.
A donzela disse: "Aí vem
Um barco atravessando o Reno;
Ali onde está o barco
É onde deve estar o meu amor!
O meu coração encher-se-á de alegria,
Porque ele é o meu amor!"
E então ela debruçou-se
E mergulhou no Reno.
Os cavaleiros também devem morrer,
Pois não podem regressar;
Ela castigou-se
Sem sacerdote nem túmulo.
Quem cantou esta canção?
Um marinheiro no Reno,
E sempre ecoou
Vindo da rocha dos Três Cavaleiros
Lore Lay! Lore Lay! Lore Lay!
Tal como os três...."